segunda-feira, 20 de julho de 2009

Confira as dez principais notícias do dia 20 de julho

Confira as dez principais notícias do dia 20 de julho

Economia
1. Juros: expectativa de mais cortes

O mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faça mais um corte nos juros básicos nesta semana. Dos atuais 9,25%, a taxa Selic cairia para 8,75%, o que seria a última redução do ano, segundo os economistas ouvidos na pesquisa semanal Focus divulgada hoje. Confirmada a redução na quarta-feira, mais uma medida para conter os impactos da crise financeira na economia do país, a Selic volta ao nível mais baixo já registrado, informa o portal G1. No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão dos analistas se manteve. Segundo o relatório Focus, é esperada uma contração de 0,34%. Para 2010, a aposta é de um crescimento de 3,60%.

Saúde
2. Confirmadas mais quatro mortes por gripe no país

O governo do Rio Grande do Sul, que já tinha registrado sete mortes provocadas pelo vírus A (H1N1), confirmou ontem à noite mais quatro óbitos, elevando para 15 o número de casos fatais no país. No Estado, os municípios adotam ou estudam medidas radicais, como decreto de situação de emergência e cancelamento de eventos, informa o jornal Zero Hora. O anúncio de mais casos foi feito no mesmo dia em que a Folha de S.Paulo divulgou que, ao longo das próximas cinco a oito semanas, entre 35 milhões e 67 milhões de brasileiros podem ser atingidos pela pandemia de gripe. O próprio jornal trata de alertar que os números devem ser tratados com cautela. Embora a previsão conste de estudo publicado pelo Ministério da Saúde, foi feita em 2006 com base em um modelo matemático que usa o perfil de pandemias anteriores. Dados mencionados na reportagem foram reproduzidos aqui no portal da Época.

3. Mesmo com campanha, mais cesarianas
Apesar de campanhas do governo federal, a taxa de cesariana no país subiu de 79%, em 2004, para 84,5%, no ano passado. Os números, mencionados em reportagem escolhida para ser a manchete da edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo (para assinantes), contrasta com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), de limitar esse procedimento a 15% dos partos. No SUS (Sistema Único de Saúde), o índice de cesarianas, que é mais cara e acarreta mais riscos à mãe ao bebê, chegou a 31% no ano passado.

Educação
4. Apagão nas escolas

De um lado, o MEC (Ministério da Educação) financiou escolas técnicas, que deveriam oferecer cursos gratuitos, mas elas nem sequer saíram do papel ou viraram prédios vazios e faculdades privadas. De outro, levantamento mostra que, em cerca de 18 mil escolas do país, 500 mil alunos frequentam salas de aulas às escuras, já que não há energia nas unidades. No caso das escolas que não saíram do papel, segundo a Folha de S.Paulo (para assinantes), apenas uma de 98 instituições que receberam um total de R$ 257 milhões da União entre 1998 e 2007 cumpriu o que rezava o contrato firmado. Já a falta de energia atinge 1% dos estudantes, a maioria em zonas rurais, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.

Política
5. Sarney: mais denúncias e o filósofo Sêneca

Ainda que de forma menos volumosa, surgem mais suspeitas contra a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A Folha de S.Paulo (para assinantes) cita inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar sobrepreço de R$ 17 milhões na ampliação do aeroporto de Macapá, obra que Sarney trabalhou para viabilizar. Além disso, revela repasse de verba da Eletrobrás feito por associação ligada aos Sarney. Na sexta-feira, o parlamentar fez um balanço de seis meses no comando do Senado. E incluiu sua defesa em um discurso que lista 40 medidas que ele teria tomado "para a modernização do funcionamento e o saneamento dos graves problemas de natureza ética e legal" da Casa. Pela ótica do senador, tudo não passa de uma campanha pessoal contra ele, arquitetada pela imprensa. O discurso, com exatas 2.711 palavras e ouvida por apenas 5 dos 81 senadores, termina com uma citação do filósofo Lúcio Aneu Sêneca (4 a.C-65 d.C). "Sêneca dizia que as grandes injustiças só podem ser combatidas com o silêncio, a paciência e o tempo", diz a íntegra do discurso reproduzida pelo portal do jornal o Estado de S.Paulo.

6. Tarso Genro queima a largada
Apesar da orientação do comando nacional do PT de não antecipar o calendário das eleições estaduais de 2010, a pré-candidatura do ministro da Justiça, Tarso Genro, ao governo do Rio Grande do Sul foi lançada ontem, após encontro estadual do partido em Porto Alegre. Também ficou decidido que a legenda não procurará o PMDB para uma aliança local. A decisão desagrada setores do PT nacional, que temem melindre dos peemedebistas gaúchos com a candidatura de Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência. Pela decisão de ontem, a preferência no Rio Grande do Sul será por uma composição com partidos que integram a antiga Frente Popular (PC do B e PSB), além do PDT. As candidaturas de ministros nas próximas eleições, aliás, foi tema de reportagem na Folha de S.Paulo de ontem. Nas contas do jornal, pelo menos 17 ministros devem deixar o governo até abril. A contabilidade inclui Henrique Meirelles, presidente do Banco Central.

Mundo
7. Honduras: fracasso e ameaça de insurreição

Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras, disse hoje que considera "esgotado" o diálogo para resolver a crise no país, afirmou que iniciará uma "insurreição" e pediu à comunidade internacional para "endurecer as medidas" contra o governo interino, informou o portal do jornal o Estado de S. Paulo. No fim de semana, fracassaram as reuniões travadas na Costa Risca entre as delegações do governo de Roberto Micheletti e do presidente deposto. Um dos pontos que azedou a chance de acordo foi uma entrevista dada por Zelaya ao jornal Folha de S.Paulo (para assinantes). Na entrevista, ele diz que pretende seguir com seu plano de realizar uma consulta popular para incluir na Constituição do país a possibilidade de reeleição, motivo do golpe de Estado. A delegação de Micheletti viu má fé na declaração, já que, entre as delegações, no acordo que vinha sendo costurado não constava a realização do referendo. Citando a Reuters, o portal UOL diz que Zelaya pretende voltar ao país no próximo fim de semana. Observadores receiam que manifestações que estão sendo preparadas para recebê-lo terminem em sangue.

8. Financiamento das Farc
O governo da Colômbia encaminhou ontem à OEA (Organização do Estados Americanos) vídeo em que um dos líderes da Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) afirma que a guerrilha fez doações para a campanha de Rafael Correa à Presidência do Equador. Segundo o diário El Universo, o governo colombiano busca "investigações pertinentes" sobre as imagens. O vídeo, divulgado no final da semana pela Associated Press, põe mais fogo na crise diplomática entre os governos de Álvaro Uribe e Correa. As relações foram estremecidas após um ataque de Bogotá a um acampamento da guerrilha colombiana em solo equatoriano, em 2008. Correa nega relações com as Farc. No Equador, o caso será investigado pelo Ministério Público e por uma comissão independente.

9. Vídeo talibã
Os Estados Unidos apontam violação das leis internacionais na divulgação de um vídeo, pelo Talibã , de um soldado americano capturado no Afeganistão. É o primeiro caso de captura pelos talibãs desde 2001, início da intervenção internacional no país. Bowe Bergdah, de 23 anos, foi feito refém após ficar para trás durante uma patrulha. Nas imagens divulgadas, o soldado, que teve a cabeça raspada e veste roupa típica afegã, se emociona ao falar da família e da namorada. "Nós estamos tentando fazer tudo que for possível para localizá-lo e libertá-lo", disse a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em uma entrevista nesta segunda-feira, informa O Globo Online.

Trânsito
10. Celular e volante

Os jornais O Estado de S. Paulo e The New York Times trouxeram em suas edições do fim de semana reportagens sobre o uso de celular ao volante. No Brasil, a questão envolve a possibilidade de a infração passar a ser considerada gravíssima, contando sete pontos na carteira de habilitação, em vez dos quatro atuais. Além disso, segundo estuda o governo, o valor da multa subiria 270%, de R$ 85,13 para R$ 315. No NYT,uma pesquisa citada aponta que um bate-papo descontraído ao volante significa chances quatro vezes maiores de o motorista causar um acidente, em relação a quem está atento somente ao trânsito. O portal do jornal na internet também lançou um debate sobre o assunto, com a opinião de especialistas. A pergunta central questiona se a mistura celular e volante não deve ser considerada ilegal em todo o território americano.

Por João Carlos Silva -  O Filtro

Nenhum comentário: