antigas autorizações estaduais foram recadastradas em 2008, de
acordo com balanço preliminar da Polícia Federal. O prazo para
recadastramento sem necessidade de taxas ou testes psicológicos
terminou no dia 31 de dezembro.
A estatística corresponde ao total de pedidos de recadastramento
feitos pela internet, de acordo com o chefe substituto do
Serviço Nacional de Armas, delegado Douglas Saldanha.
"Registramos na web pedidos de regularização de mais de 400 mil
armas irregulares que estavam em circulação. É um número
bastante expressivo", avaliou hoje (6), em entrevista à Rádio
Nacional.
A PF ainda vai contabilizar os pedidos de regularização feitos
diretamente nas unidades da corporação em todo o país.
Saldanha lembra, no entanto, que o registro não garante porte de
arma ao proprietário. "O registro permite que a pessoa pode
simplesmente manter o armamento em casa; não autoriza que ela
transporte esse armamento em ambientes públicos, na rua",
explicou.
Para quem ainda tem armas em casa sem registro, a recomendação
do delegado é a entrega do equipamento em umas das unidade da
PF, com direito a receber indenização que varia de R$ 100 a R$
300. "Foram campanhas paralelas: o recadastramento terminou, mas
a entrega de armas mediante indenização continuará durante todo
o ano de 2009".
A manutenção da arma de fogo em casa sem o registro atualizado
na Polícia Federal é considerada crime, previsto no Estatuto do
Desarmamento, com penas que podem chegar a seis anos de prisão.
A entrega pode ser feita em qualquer delegacia ou
superintendência da PF do país, mas para transportar a arma até
o local é necessária uma autorização da polícia, emitida
gratuitamente na página da PF na internet. "No site da PF, no
endereço www.dpf.gov.br o cidadão retira uma guia de trânsito
para levar essa arma, sem munição, até uma das nossas unidades;
para não correr o risco de no trajeto ser pego por algum
policial e ser confundido com um criminoso", orientou Saldanha.
De acordo com o delegado, a concessão de novos portes de armas
está restrita a autoridades policiais, às Forças Armadas e a
pessoas que exerçam atividade de risco ou tenham sua integridade
ameaçada. "As autoridades que analisam pedidos de porte de armas
têm sido bastante criteriosas. É uma análise caso a caso",
explicou. Em 2008, nove mil novos portes de armas foram emitidos
pela PF, número "restrito", na avaliação do delegado.
Fonte: Agência Brasil
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